quarta-feira, 30 de abril de 2008

Inaugurando...

Sinceramente, há anos não cogitava a idéia de criar um blog. Atualmente, porém, com dois amigos meus criando blogs - um para expor idéias e outro para contar histórias - senti vontade de criar um também. Estou, entretanto, diante de um pequeno mas crucial detalhe... QUAL SERÁ A UTILIDADE DELE?

Ambas as opções são tentadoras. Como uma geminiana, creio que vou acabar revezando entre ambas, mas espero não fazer isso. Acho que não ficaria legal. A não ser... que eu desse o básico jeitinho brasileiro. Adoro essa expressão. Está certo que, na prática, usá-la é horrível e coloca o brasileiro como uma pessoa de caráter abominável mas... a expressão é legal e pronto.

Estou com uma vontade mãe de postar as histórias que escrevo. Sim, escrevo histórias desde os meus onze aninhos e tenho esperança de um dia editar meus livrinhos. É maravilhoso imaginar os leitores vivendo as emoções que uma boa leitura pode proporcionar, e ter um livro escrito por mim é um sonho. Creio que o motivo de meu dilema seja esse: o sonho de editar um livro ao invés de postá-lo em um blog. Preconceito com a era digital? Não, apenas a valorização do prazer de apalpar livros.

Confesso que essa dúvida é mínima diante de outras que preciso resolver. Teria eu criado mais um problema na minha vidinha já tão atribulada e que poderia ser evitado? Será? Será? (risos).
Bom, é isso ae. E, enquanto não me decido, vou recomendar um livro, uma música e um filme: saga Harry Potter(tá, são sete), Cryin'(Aerosmith, é melhor que Crazy - sério!) e O Som do Trovão.

Sobre este último, umas palavrinhas... é um bom filme, baseado em um livro... como esqueci o nome do livro, nem sei se tem o mesmo nome do filme, e como não sei muitos dados a respeito da obra cinematográfica, vou direto ao resumo e vejam se gostam:

A história se passa alguns anos à frente, em que uma máquina do tempo foi criada. Essa máquina é uma mina de ouro; os ricaços entediados pagam caro para viajar até a pré-história com cientistas especializados na coisa e matam um dinossauro. Tudo minuciosamente calculado. Por exemplo, o dinossauro que eles matam(acho que um T-Rex, faz tempo que vi o filme) ia morrer cinco minutos depois com uma erupção; as balas usadas não deixam resquícios e, além do mais, os peregrinos não pisam no chão pré-histórico; há um cobertura transparente oriunda da máquina do tempo que impede o contato direto com o solo. Tudo preparado para não haver mudanças na História... para não deixar vestígios!

É lógico que, para a história ocorrer, algo TEM DE DAR ERRADO. E dá! Após mais uma festa em que todos comemoram o sucesso da máquina, uma moça sensata mas tida como louca(como acontece nos filmes e na vida real) invade o salão gritando que eles estão brincando com o perigo... e, é claro, é retirada da festa sem mais delongas.

Afinal, o que dá errado? Acontece que um cara que viaja no tempo com os cientistas acaba arrumando encrenca. As coisas não ocorrem como foi calculado, e alguns dos viajantes saem da "pista" que protege o solo. Quando o susto passa e retornam ao presente, ótimo, tudo ok.
Porém, uma espécie de onda se espalha pela cidade, provocando um apagão. Então, as coisas começam a acontecer; após a primeira "onda", algo novo surge; plantas começam a ficar mais fortes, mais saudáveis. Então, mais ondas surgem a um intervalo de tempo exato e, a cada onda, uma mudança ocorre. Essas ondas são como as que a gente produz quando joga algo na água parada...

E aí a história fica interessante. As mudanças aparecem nos telejornais, tornam-se cada vez mais nítidas e os cientistas que, a princípio, apenas observam esses fatos, passam a compreendê-los... e a aventura por aí vai! E então, as perguntas: o que terá acontecido para a História mudar tão drasticamente? Como resolver isso? Quando tempo têm para resolver, antes que fiquem presos naquele tempo?

Na minha opinião, é uma história coerente, embora gere polêmicas com relação à teoria que a cerca. Pra começar, há pessoas que discordam do fato de as mudanças ocorrerem de forma tão vagarosa, em ondas. Elas não deveriam acontecer ao mesmo tempo? Os cientistas, ao retornarem a seu tempo, não deveriam deparar com um futuro já mudado, como acontece com o rapazinho interpretado por Michael J. Fox em "De Volta para o Futuro 2"?

Tenho cá para mim que não necessariamente. Se imaginarmos o presente com várias ramificações, e estas ramificações, por sua vez, com outra mais, como uma árvore de possibilidades, poderíamos ver essas "ondas temporais" como ramificações se chocando. De um ângulo, os viajantes nada mais fizeram que voltar no tempo e entrar em outra linha temporal, em outra ramificação. Contudo, do ponto de vista deles - e é do ponto de vista deles que o filme corre - a ramificação foi criada naqueles instantes, e por eles. Tipo, é como se as coordenadas da máquina os fizessem retornar ao presente DELES, à ramificação deles, mas a mudança que eles causam no passado os "desviasse" gradualmente ao outro presente... ahn... confuso?

Bom, recomendo o filme e deixo a conclusão por conta de cada um. Meu cérebro já teve uma contração desagradável aqui, como sempre acontece quando procura pensar em coisas que deveriam ser deixadas em paz(embora ele se negue a fazê-lo - não há nada mais prazeroso para um cérebro que deleitar-se em pensamentos complexos e inúteis!).

Espero ter, no próximo post, uma decisão a respeito do destino deste blog. Quanto a seu nome - acho que jamais encontrei outro tão pouco criativo - deve-se à minha indecisão. Se eu quiser usar o blog para debates, Gaia será nosso planetinha amado e tão pouco cuidado por essa raça tão nojenta que se intitula humana(tá, parei). Se for usado para histórias, Gaia será o mundo das histórias, simples assim. Beleza? ;)

Até a próxima! =D